terça-feira, setembro 23, 2008

Já está!!!

Até poder pintar o móvel, deparei-me com mais dois problemas com os quais não estava a contar:

Inicialmente, nos primeiros 3 dias, os vidros não corriam. Não se mexiam sequer.
Com a ajuda de uma máquina e de umas fresas que a Mané me emprestou, consegui retirar a tinta das calhas onde era suposto correrem os vidros.

Como é possível terem pintado as calhas? Será que não sabiam que a tinta ocupa espaço?? Ultrapassada esta fase e para grande tristeza minha, constatei que mesmo sem tinta nas calhas os vidros não deslizavam bem. A madeira está velhinha e frágil e por isso a melhor solução é mesmo retirar os vidros…

Depois, desesperei com dois puxadores que teimavam em não sair. Para além da ferrugem ter colado o parafuso à porca, descobri que tinha duas porcas para cada puxador, uma de cada lado da porta, o que dificultou imenso a remoção destes puxadores.

No meio desta luta renhida, descobri que estes dois puxadores não estavam no local original.
Foram desviados alguns centímetros e ficaram descentrados em relação aos puxadores das gavetas. Por tudo isto, acho que as ferragens que apertavam estes dois puxadores, já não eram as originais “Ferragens Finas” da Casa Coelho.

No pouco tempo que dispunha tentava fazer com que o tempo rendesse imenso e confesso que às vezes me apetecia queimar etapas.

Mas ao contrário disso, e à medida que o tempo ia passando, ia encontrando algo, aqui e ali, que podia ser melhorado … e a certa altura pensei que o melhor seria terminar, caso contrário teria trabalho para anos …

Utilizei no total, cerca de 2 semanas com uma média de 2 horas por dia, e, na recta final para o poder pintar de uma só vez, fiz 2 directas seguidas (de 6ªfeira para sábado e de sábado para domingo).

Assim começava a pintar quando todos dormiam e ao amanhecer estava tudo arrumadinho como se o móvel se tivesse pintado sozinho e por magia.

Depois, antes de ir descansar um bocadinho, ficava algum tempo a contemplar o meu móvel cada vez mais pronto!

quarta-feira, setembro 10, 2008

De volta ...

Entre lixas e massas de encher, consegui perceber a ordem das cores que o móvel teve ao longo do tempo. A cor original foi sem dúvida um verde claro seco. Depois foi beje cor de pele. Depois do beje foi azulão, por cima do azulão tem uma camada de cinzento e antes de ser branco foi amarelo canário.

Tem uma sétima cor no rodapé por baixo do branco. Foi preto no rodapé.

Uma das curiosidades é que o cinzento não o encontro em todo o móvel. Apenas o detectei em algumas partes. O que me leva a crer que algures no tempo terá sido de duas cores em simultâneo. Como é o azulão a cor anterior ao cinzento e o amarelo a cor posterior, julgo que das duas uma:

- ou foi azulão com portas cinzentas ou foi amarelo com portas cinzentas. Pelas combinações das cores, a minha aposta vai para a segunda hipótese.

É engraçado pensar sobre se o móvel esteve sempre na mesma casa. E se esteve, é engraçado pensar nesta "dinâmica" de cores. Ter tido seis cores tão distintas numa vida e numa casa parece-me demasiado. Por isso acredito que o móvel tenha passado por várias casas e por várias vidas com diferentes cores: as vidas e o móvel.

Tal como agora quando entrou na nossa casa. No início passaram-me várias cores pela cabeça. Aliás, todos os dias acordava a pensar numa cor diferente para o móvel.

Agora já está decidido. Já comprei as tintas e estou ansiosa por começar a pintar.